A comunidade esportiva conquistou um importante avanço com as novas Áreas de Proteção ao Ciclista de Competição (APCC), criadas a partir da lei 9.315/18, da qual sou autor. Nós, atletas profissionais e amadores, demandamos espaço para treinar ciclismo com segurança. Nas ciclovias, não podemos pedalar na velocidade necessária pois são espaços de baixa velocidade, cujas regras inviabilizam o treinamento adequado para competição. No asfalto, corremos o risco de atropelamento. A solução é separar parte das pistas para a prática esportiva de madrugada, em horários que poderemos treinar e melhorar nosso desempenho sem causar prejuízos para o trânsito: todos ganham. É a solução proposta pela lei, que foi aprovada este ano.

Trata-se de espaços reservados em rodovias, ruas ou avenidas, com um mínimo de mil e quinhentos metros lineares em cada sentido, totalizando uma volta de no mínimo três mil metros lineares, das 4h às 6h de segunda a sábado e das 5h às 10h aos domingos e feriados. Conforme a lei, a primeira deverá ser instalada na avenida José Maria Vivacqua e Rua Gelu Vervloet dos Santos, entre os bairros Jardim Camburi e Aeroporto, em Vitória, no trecho compreendido de 2,7 quilômetros, no sentido de Vitória, na pista de rolamento ao lado do aeroporto, tendo fim na avenida Dante Michelini, em Vitória. O prazo de instalação depende da Prefeitura de Vitória, responsável por executar a lei.

No Rio de Janeiro, as APCCs foram pioneiras no Brasil já funcionam com sucesso desde 2013, criadas após a morte de atletas que foram atropelados enquanto treinavam em rodovias e avenidas. Na cidade, as APCCs funcionam no Aterro do Flamengo, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes. Agora conseguimos colocar Vitória neste importante circuito do esporte que valoriza os atletas de competição, incentiva a prática esportiva, humaniza o trânsito e preserva vidas.

 

Max da Mata (PSDB)

Data de Publicação: segunda-feira, 29 de outubro de 2018